
A década de 60 surgiu de modo natural para balizar o início desta mostra, já que é nela que radica a génese do Museu de Arte Contemporânea, embora as incorporações de peças de produção local sejam mais tardias. Por isso se quis dar a ver o que então se fazia na ilha, ou até por vezes apesar dela, e provocar o diálogo entre o espólio do Museu e outras peças menos vistas de coleções particulares, alargando assim os contextos de leitura. Mais do que aspirar à exaustividade, procurou-se assinalar experiências e descobertas, às vezes sem continuidade, reveladoras de uma atenção particular à actualização de linguagens artísticas.
Quanto a efemérides, esta exposição enquadra-se nas comemorações dos 500 anos cidade do Funchal e boa parte do que nela se pode ver decorre de outra circunstância, os 50 anos de ensino superior artístico na Madeira que, a seu modo e com continuidade, tanto contribuíram para estimular quem faz e quem vê.
Isabel Santa Clara
Esta mostra poderá ser vista até ao próximo dia 25 de Outubro
Museu de Arte Contemporânea do Funchal